Quando a Voyager 2 visitou Saturno em 1981, a sonda mediu o período de rotação do planeta em cerca de 10 horas, 39 minutos. Mas quando a Cassini chegou no planeta no início de 2000, determinou que Saturno girou uma vez em seu eixo a cada 10 horas e 47 minutos, e esses números mudaram a cada vez que Cassini fez uma nova medida.
Planetas gigantes gasosos como Saturno não têm massas de terra sólidas que poderiam ajudar a determinar a rapidez com que um planeta gira. Voyager e Cassini se basearam em medições de radiação de rádio do planeta, mas por essas medidas terem mudado com cada observação, elas se mostraram pouco confiáveis.
O cientista Ravit Helled, da Universidade de Tel Aviv, em Israel e sua equipe decidiram procurar soluções para o período de rotação, utilizando coeficientes para representar o interior, em seguida, procuraram o período de rotação nas soluções calculadas.
A estimativa teórica é de uma rotação de 10 horas e 33 minutos. Isto é "em muito boa concordância com as estimativas anteriores que utilizaram métodos diferentes", disse Helled.
O cálculo baseou-se em estudos do campo gravitacional do planeta. Como Cassini viajou ao redor do planeta, é possível medir a força de atração que Saturno exerce na nave espacial.
A equipe também usou medidas de achatamento do planeta para determinar a sua solução. Achatamento se refere ao fato de que os corpos que giram são esferas quase nunca perfeitas; quanto mais rápido eles giram, mais eles incham em torno do equador. Saturno é um pouco grosso em torno do meio, mais do que Júpiter, o que poderia indicar um giro rápido.
As novas estimativas precisas de um período de rotação de Saturno devem ajudar os cientistas a estudar a estrutura e interior do planeta. Isto irá fornecer informações sobre as condições do disco protoplanetário que formou o sistema solar, bem como o processo de formação de gigantes gasosos. Ele também pode ajudar a melhorar a compreensão da dinâmica atmosférica.
Fonte: space.com
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