terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Nível de acidez do oceano é mostrado em novo mapa




A acidificação dos oceanos pode agora ser vista do espaço, destacando um perigo contínuo de mudança climática e revelando as regiões de maior risco.

A água do mar absorve cerca de um quarto do dióxido de carbono, um gás de efeito estufa, que os humanos liberam na atmosfera a cada ano, principalmente a partir da queima de combustíveis fósseis, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).

Este processo tem aumentado o aquecimento global, visto que o oceano
funciona como um grande sumidouro de carbono que, naturalmente, absorve granes quantidades de carbono extra adicionado à atmosfera. E é devido a essa absorção que os oceanos estão se tornando cada vez mais ácidos. De acordo com a NOAA, o pH da superfície do oceano tornou-se 30 por cento mais ácido desde o fim da Revolução Industrial.

Essa acidez não é necessariamente distribuída de forma igual, nem é simples de medir. A maioria dos estudos dependem de medições físicas tomadas no oceano aberto a partir de navios de investigação e boias. Estas medições são fracas e caras para recolher.

Agora, os cientistas estão se voltando ao espaço, para complementar os dados sobre o terreno. Usando medições por satélite, os pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido e seus colegas criaram mapas globais de acidez do oceano que mostram as áreas mais afetadas.

"Somos pioneiros nas técnicas de monitoramento de grandes áreas de oceanos da Terra, o que nos permite identificar de forma rápida e fácil as áreas de maior risco de aumento da acidificação" foi o que o líder do estudo, Jamie Shutler, um professor de ciência oceânica na Universidade de Exeter, disse em um comunicado.

Shutler e seus colegas usaram medidas disponíveis a partir de satélites existentes, como o
satélite Aquarius da NASA e dos sensores de umidade do solo e salinidade dos oceanos da Agência Espacial Européia - ESA. Eles combinaram as imagens da câmera térmica com dados de salinidade para calcular a acidificação.

Um mapa criado a partir dos resultados mostra a variação aparente em todo o globo. A parte mais vermelho é a mais ácida e a azul é a que possui menos acidez.


A acidificação dos oceanos corrói conchas de mexilhões, ostras e caranguejos. Estes efeitos prejudiciais podem modificar a cadeia alimentar.

A nova pesquisa está detalhada na revista Environmental Science and Technology.

Fonte: Live Science
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